Fazer parte de serviços médicos de referência no mundo é um sonho, inatingível para alguns, uma conquista, resultado de uma longa vida de dedicação, para outros. Ingressar na medicina nos Estados Unidos representa este ápice para os profissionais da saúde.
O estudante de medicina da UFRN Phillip Anderson Silva Avelino está no caminho para selar essa vitória. Ele acaba de ser aprovado na primeira fase do exame de certificação médica nos EUA, com apenas 19 anos de idade.
O exame, que pode ser realizado em instituições credenciadas à embaixada Americana em diferentes países, foi feito pela ABA English Education, em Recife. Para ser aprovado, o prodígio acadêmico da UFRN respondeu 280 questões da área médica em inglês, divididas em sete blocos com 40 questões cada e uma duração de oito horas.
O primeiro passo para Phillip foi buscar os vários requisitos necessários para percorrer essa jornada, por isso, somente um anos depois do desejo de trilhar esse caminho ele iniciou seu planejamento (em 2023).
Foi preciso conciliar a rotina do curso de medicina norte rio-grandense de Phillip Anderson com aproximadamente quatro horas de estudos, diários, exclusivos para essa prova, totalizando aproximadamente 1000 horas de dedicação para o exame.
“Busquei dar o meu melhor possível a cada dia”, diz o aluno. “Minha área de atuação ainda não está completamente definida, mas a residência em cirurgia plástica na universidade de Harvard está no topo da lista”, completou.
Phillip tem o coração potiguar e levará o RN para um dos principais centros acadêmicos do mundo. Ele é Americano, nascido no Estado da Flórida e desde pequeno sonha em se tornar cirurgião plástico em seu país de origem. Para ingressar nas áreas cirúrgicas, nas principais universidades de lá, é preciso um currículo acima da média.
Foco e sucesso nos estudos faz parte da vida do estudante que aos 16 anos, quando ainda cursava o segundo ano do ensino médio , tirou nota no ENEM suficiente pra entrar em quase todos os cursos de medicina do Brasil.
Um longo caminho
O plano acadêmico que concretizará o sonho da formação profissional no exterior possui mais etapas para serem alcançadas.
Na universidade de graduação, Phillip deverá estar entre os estudantes com as melhores notas, monitorias, envolvido em projetos de pesquisa e sociais na área que pretende atuar, ter estágios extra curriculares e atividades nos EUA.
O estudante deverá ter ainda os melhores resultados na segunda fase do exame de certificação Médica do USMLE, trabalhos apresentados em congressos internacionais, artigos publicados em revistas e três meses de internato nos país.
Após tudo isso, ele estará apto para o sistema de Match e aguardará ser selecionado por alguma universidade.
A gratidão pela oportunidade de correr atrás desse sonho, Phillip Anderson demonstrará orientando, de forma gratuita, através do seu Instagram @phillip_avelino , outras pessoas que pretendem fazer o mesmo percurso acadêmico.
Ele relata que infelizmente as informações para todo o processo ainda são bem dispersas e restritas, limitando assim o acesso de muitas pessoas apenas através de assessorias pagas.
Fonte: Jair Sampaio