Sâmara afirma que a junta multiprofissional da UERN negou seu pedido de matrícula como pessoa com deficiência, alegando que ela não se enquadra na categoria, rasgando a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
De acordo com a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, em seu artigo 1°: “é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais”. Portanto, é inadmissível que uma pessoa com laudos de diversos profissionais da saúde, que atestam sua condição de autista, seja negada o direito à matrícula como pessoa com deficiência.
A enfermeira afirma que a UERN decidiu ignorar toda a documentação apresentada por ela, que comprova sua condição de autista. Ela lamenta que a universidade não esteja cumprindo seu papel de inclusão e acessibilidade, negando o direito de pessoas com deficiência de terem acesso ao ensino superior.
“Entrei com recurso administrativo e fui informada de que não existe prazo para resposta. As aulas serão iniciadas na próxima segunda-feira e serei prejudicada. Todos os colegas já realizaram suas matrículas, porém eu fui deixada de fora. Peço apoio quanto a divulgação desta violação dos direitos da pessoa autista às véspera do dia 02 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Transtorno do Espectro Autista”, disse Samara.
Fonte: Blog do Ismael Sousa.