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Entenda como acontecem os tremores de terra no RN; foram quase 10 em 24 horas

Os tremores de terra registrados no Oceano Atlântico, a cerca de 30 km da costa do Rio Grande do Norte, nesse domingo (31), assustaram potiguares, principalmente quem estava no município de Touros e outras áreas próximas. O abalo mais forte teve 3,7 de magnitude e balançou até a capital.

Apesar disso, os eventos são mais comuns do que pensamos. É o que atesta o professor Aderson Nascimento, que integra a equipe do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis-UFRN).

“Apesar de vivermos no interior de uma placa tectônica, situação que todo o Brasil está, existem regiões que são mais frágeis que outras. Então, quando a pressão aumenta, devido às forças tectônicas, essas falhas se rompem e a energia que estava acumulada é transmitida em forma de vibração”, explicou o professor.

“Esses eventos que ocorrem no Nordeste são provocados por falhas geológicas naturais. É algo razoavelmente comum, com magnitude de até 4, como já ocorreu. É um fenômeno natural, que agora que temos uma rede monitoramento mais adequeda e população maior, se há mais informações sobre esses eventos”, acrescentou.

O especialista apontou ainda que não é possível prever quando os tremores vão acontecer nem a intensidade deles. “Infelizmente, não temos como saber se vai acontecer um terremoto em uma determinada falha”, pontuou.

Apesar de ter sido sentido por moradores de Touros, Rio do Fogo, Maxaranguape e até Natal, o sismo foi considerado de baixa intensidade. “A gente considera um terromoto alto a partir de 5,5 ou 6”, falou Aderson.

De acordo com ele, pelo menos seis tremores foram registrados entre domingo (31) e segunda-feira (01º), sendo o mais recente registrado à 0h01, com 2,3 de magnitude. “Esse certamente não deve ter sido sentido pela população. Pelo menos não nos chegaram relatos”, disse.

Ainda segundo o professor, a falha responsável pelos tremores desse fim de semana pode estar relacionada com a Falha de Samambaia, uma das mais conhecidas e que gera os abalos na região de João Câmara. “Há uma desconfiança, ainda é uma especulação, que seja uma extensão da Falha de Samambaia”, finalizou.

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