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SBT faz série de reportagens com abordagem de detalhes do caos na polícia do Rio Grande do Norte

A semana que passou foi marcada pela divulgação de um escândalo na Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Em reportagem especial exibida pelo programa SBT Brasil, dois delegados foram flagrados utilizando viaturas oficiais para afazeres pessoais como conduzir uma adolescente para um motel na capital potiguar.

Mas as reportagens não se limitaram a denúncia que externou as irregularidades cometidas pelo diretor de Polícia da Grande Natal. Odilon Teodósio e o delegado-adjunto Alexandro Gomes.

Durante a semana, a emissora de TV paulista apresentou uma série de reportagens destinadas a externar o sucateamento da polícia no Rio Grande do Norte. A série, que começou na segunda-feira, se estendeu por toda a semana e apresentou casos gravíssimos em vários setores do sistema de segurança do Estado.

Durante as reportagens, a emissora apresentou argumentos diretamente ligados à realização da Copa do Mundo de 2014. Segundo a emissora, os R$ 400 milhões investidos para a construção da Arena das Dunas de longe lembram as deficiências que afetam o setor, que não teria condições mínimas para atender a demanda que deverá ser gerada com a presença de turistas na capital durante o evento.

"Se chegar um gringo aqui, nós vamos ter que mandar ele chupar o dedo, porque ninguém entende inglês aqui, ninguém entende espanhol, ninguém entende francês. Infelizmente, a situação é precária", destaca o chefe de investigação Paulo Macedo, mais conhecido como Paulão.
 
ULTRAPASSADO
 
"No Rio Grande do Norte, tem policial que usa a mesma arma há 16 anos", mostra um trecho da série de reportagens. Num outro momento, é apresentada uma metralhadora herdada da 2ª Guerra Mundial como proteção para uma delegacia de Polícia Civil do RN.

O problema vai além. Coletes à prova de bala não atendem as necessidades dos policiais, e em alguns casos é necessário contar o número de balas utilizadas nas ações policiais.

O jornalista Fábio Diamante foi até a cidade de São Miguel do Gostoso, onde verificou de perto a estrutura da delegacia que atende a praia de Pipa. Com estrutura montada através de doações de hoteleiros e empresários do município, a delegacia conta apenas com uma arma, um rifle enferrujado, escondido entre dois velhos colchões, com apenas dez munições.

A realidade vivenciada em Pipa se espalha por todo o Estado. Além do sucateamento das armas, as delegacias sofrem com problemas estruturais como falta de internet e até mesmo de telefone, o que tem gerado dificuldades para a conclusão dos inquéritos e elucidação de casos. Em algumas delegacias, o ano de 2013 chegou ao fim sem a elucidação para maioria dos casos investigados.

Fonte: O Mossoroense

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