Cerca de 1.300 agentes e escrivães
civis do Rio Grande do Norte entraram em greve por tempo indeterminado
às 8h desta terça-feira (6). A decisão da categoria foi tomada em
reunião realizada na noite desta segunda-feira (5) na sede do Sindicato
dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do
Norte (Sinpol), em Natal. Durante o período de paralisação, apenas o
Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e os setores
administrativos funcionarão normalmente. As delegacias de plantão farão
apenas flagrantes, sem realizar registros de ocorrências e demais
procedimentos.
Segundo Djair Oliveira, presidente
do Sinpol, a pauta da categoria é extensa. “Queremos nomeação e curso de
formação dos aprovados no último concurso, que vem se arrastando desde
2008; vale refeição para os agentes; serviço terceirizado de limpeza das
delegacias, que muitas vezes fica a cargo dos próprios policiais;
retirada de presos das delegacias; melhoria das condições de trabalho,
como armamento, informatização e melhor comunicação entre as delegacias e
reajuste salarial. Somos uma polícia de nível superior recebendo menos
que cargos de nível médio. Também queremos reajuste das gratificações de
chefes de investigação e chefes de cartório, que trabalham acima das
possibilidades pela polícia”, afirmou.
O delegado geral de polícia Ricardo
Sérgio, afirmou que o Estado já definiu que a nomeação dos concursados
só será realizada mediante abertura de vagas por causa de aposentadoria
ou falecimento dos policiais. Quanto a retirada dos presos da delegacia,
o delegado informou que isso já está acontecendo. “Isso é um processo
continuado, já existe a determinação e hoje esse número é bem reduzido.
Acontece que quando tira um chegam outros por causa de flagrantes. Mas
isso tem diminuído”, pontuou.
Sobre a limpeza das delegacias, que
segundo o sindicato é realizada pelos próprios policiais, o delegado
afirmou que o estado reconhece o problema e tomará providências. O
governo também visa melhorar as condições de trabalho e aparelhamento
das delegacias. “Nós reconhecemos que os policiais precisam dos
equipamentos. O Estado está fazendo estudos para viabilizar isso”,
afirmou.
Segundo Ricardo Sérgio, o governo
não tem condições de atender a demanda salarial devido à situação de
crise enfrentada pelo Rio Grande do Norte.
Fonte: G1