O que pesou para a prisão do presidente da Câmara Municipal de Apodi, João Evangelista de Menezes Filho, durante a Operação Apóstolo na manhã desta terça-feira (26)? Investigado há nove meses pelo Ministério Público por desvios de recursos públicos da Câmara Municipal, principalmente em compras de combustíveis, Evangelista teria aproveitando-se da condição de agente público (vereador e presidente da Câmara Municipal) e da sua liberdade, tentou frustrar o decorrer das investigações deflagradas, ao ordenar que Servidores da Contadoria da Câmara de Vereadores destruíssem diversos “cupons de abastecimento”, os quais seriam imprescindíveis à identificação dos verdadeiros beneficiários dos combustíveis pagos pela Câmara Municipal e, claro, à condução das investigações.
Como se isso não bastasse, o Ministério Público aduz, ainda, que as conversas interceptadas teriam demonstrado que o investigado João Evangelista interferiu diretamente no depoimento das testemunhas que seriam ouvidas naquele Órgão Ministerial, direcionando-as a mentir e/ou a omitir fatos que pudessem comprometê-lo, o que de fato teria vindo a acontecer posteriormente, tornando necessária, portanto, a segregação cautelar de João Evangelista, bem como de 08 frentistas do Posto de Combustíveis Gonzaga Melo que teriam praticado falso testemunho, com o intuito de garantir o bom e regular andamento da instrução criminal.
Fonte: Edilson Silva